sexta-feira, 29 de abril de 2011

Canção Nova transmitirá Beatificação de JPII

A TV Canção Nova e o departamento de jornalismo se preparam para transmitir uma programação especial por ocasião da Beatificação do Papa João Paulo II, neste final de semana.
Além de transmissões ao vivo da Missa de beatificação e da Missa de ação de graças, haverá flashes durante todo o dia com novas informações sobre o evento que espera reunir mais de um milhão de pessoas em Roma.
O telespectador poderá ainda, assistir a diversos programas especiais sobre a vida e o pontificado de João Paulo II.
Confira o cronograma

Sexta-feira, 29/04
- 10h15 (15h15 em Roma) - Flash
- 13h00 (18h em Roma) - Flash
- 13h53 (18h53 em Roma) - Flash
- 18h30 (23h30 em Roma) - Flash
- 19h30 (24h30 em Roma) - Telejornal com as informações sobre o dia

Sábado, 30/04
- 07h00 - Especial João Paulo II
- 10h30 (15h30 em Roma) - Flash
- 13h00 - Documentário "Um santo entre nós"
- 13h55 (18h55 em Roma) - Flash
- 18h00 (23h00 em Roma) - Vigilia
- 19h53 (24h53 em Roma) - flash
- 20h00 - Programa especial João Paulo II

Domingo, 01/05
- 05h00 (10h00 em Roma) - Missa beatificação *transmissão ao vivo
- 10h30 (14h30 em Roma) - flash
- 13h00 (18h00 em Roma) - flash
- 14h55 (19h55 em Roma) - flash
- 17h30 - Programa ao vivo - Melhores momentos e testemunhos

Segunda, 02/05
- 05h30 (10h30 em Roma) - Missa em ação de gracas *transmissão ao vivo
- 08h30 (13h30 em Roma) - flash
- 10h15 (15h15 em Roma) - flash
- 13h53 (18h53 em Roma) - flash
- 19h30 - Telejornal com as informações sobre a beatificação

Veja o vídeo de divulgação da transmissão da Beatificação de JPII, clicando aqui http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281439

Fonte: Cancao Nova

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dia D em Tributo ao Papa João Paulo II

Está se aproximando o nosso “Dia D em Tributo ao Papa João Paulo II”, que será elevado à glória dos altares no próximo dia 1º de maio, por ocasião de sua beatificação. Para nós além de ser uma grande alegria por se tratar de um Papa que não somente fez história em muitos sentidos, mas por principalmente ser o Papa que deixou uma marca de amor para com os jovens do mundo inteiro. E sobretudo por ter sido aquele que nos chamou de Sentinelas da Manhã.
“Amados jovens, é o vosso turno de ser as sentinelas da manhã que anunciam a chegada do sol que é Cristo ressuscitado!" (João Paulo II aos jovens do mundo em Castelgandolfo em 2001)

Assumindo, nossa condição de Jovens Sentinelas, queremos dar a nossa resposta a Jesus e a sua Igreja, num gesto de louvor e gratidão por tudo o que esse santo homem fez por nós jovens.

Por isso que o Ministério Jovem do nosso Estado teve a idéia mobilizar os jovens de todo o Estado para fazer isso através do Dia D. Que consiste em reunir a maior quantidade de jovens possível no dia 30 de abril ou 01 de maio para celebrar Jesus Misericordioso em louvor a Deus pela vida de João Paulo II. Isso pode ser feito de inúmeras formas de acordo com a condições e criatividade de cada lugar. Podemos usar o próprio Grupo de Jovens no Sábado à noite para isso, pode ser feita uma Vigília com os horários e locais de acordo com a realidade de cada grupo, paróquia, cidade ou diocese. Pode-se colocar como tema da pregação “Os Jovens Sentinelas da Manhã”. Pode-se ao final da Vígilia todos os jovens acompanhar em casa ou pelo telão a Missa de Beatificação às 5 horas da manhã no Domingo, pela TV Canção Nova, diretamente de Roma. Pode-se fazer a Festa da Misericórdia no Domingo, para reunir os jovens numa manhã, numa tarde ou o dia inteiro para Festejar a Misericórdia e Celebrar a beatificação de Papa (que por sinal era muito devoto da Divina Misericórdia). Enfim, irmãos, há muitas formas de fazermos o nosso “Dia D”. Só não podemos deixar passar em branco, ou ficarmos presos às estruturas. Aproveitemos inclusive eventos já agendados nessa data para fazer essa ação. Podemos fazer na Igreja, no salão paroquial, na escola, na garagem de alguma casa, na praça, enfim, onde o Espírito Santo nos conduzir. Chamem outros jovens, convidem a paróquia. Peçam um espaço ao final de alguma missa. Vamos nos mobilizar. Mostrar o rosto da juventude católica.
Sei que muitas diocese já estão se organizando, e estou muito feliz por isso. Quero apenas reforçar esse propósito e peço que o divulguem em suas listas.

Temos muitas razões para festejar. Por isso celebremos!
Amados, fiquem na Santa paz!
Beato João Paulo II, intercedei por nós!
Fraternalmente

Fernando Gomes
Coord. Estadual do Ministério Jovem - SP
Comunidade Católica Javé Chammá

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bento XVI: Encontrada a raiz de todo pecado

Bento XVI deixou sua residência de Castelgandolfo, onde está descansando estes dias, e veio esta manhã ao Vaticano. Na Praça São Pedro, uma multidão de fiéis o aguardava. A semana que precede a beatificação de JPII e segue as cerimônias pascais está trazendo à Cidade Eterna milhares de turistas que, somados aos peregrinos, lotaram a praça diante da Basílica.
Após uma volta com o papamóvel para saudar todos, o papa proferiu a sua catequese, como faz sempre às 4as feiras, em várias línguas.
Hoje, o pontífice discorreu sobre a carta de São Paulo aos Colossenses, na qual o Apóstolo recorda aos cristãos que devem buscar as coisas “do alto” e defender-se das coisas “da terra”.
As coisas a serem evitadas – Bento XVI explicou – são a impureza, a imoralidade, as paixões, os desejos do mal e a ganância. O objetivo será cancelar em nós este desejo insaciável de bens materiais e o egoísmo, raiz de todo pecado.

Ele disse em português:
“A Páscoa é o centro do mistério cristão, pois tudo tem como ponto de partida a ressurreição de Cristo. Da Páscoa irradia, como de um centro luminoso, toda a liturgia da Igreja, que dela toma o seu conteúdo e significado. A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração, mas a atualização no mistério dessa realidade pela qual Cristo iniciou uma nova condição do nosso ser homens: uma vida imersa na eternidade de Deus. Por isso, toda a nossa existência deve assumir uma forma pascal, como ensina São Paulo na Carta aos Colossenses: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto” (3,1). Longe de significar um desprezo das realidades terrenas, o Apóstolo diz-nos que devemos buscar aquilo que pertence ao “homem novo”, revestido de Cristo pelo Batismo, mas que tem necessidade incessante de se renovar à imagem d’Aquele que o criou. Cada cristão, bem como cada comunidade, que vive a experiência desta passagem de ressurreição, não pode deixar de converter-se em fermento novo no mundo, doando-se sem reservas às causas mais urgentes e justas, como demonstram os testemunhos dos Santos de todas as épocas e lugares”.
Fonte: Portal Católico

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Surpresa!

Amo festa de aniversário. Cantar parabéns, colocar aqueles chapeuzinhos na cabeça, comer bolo, só alegria. Amo mais ainda, quando se trata da festa do meu aniversário (ebaaa). E se torna mais especial ainda, quando você não precisa se preocupar com nada. Quando os anjos da nossa vida, nos fazem festa surpresa. Não sei onde, nem quando, nem quem foi o primeiro na história da humanidade, a promover uma festa desse estilo, mas posso afirmar que foi um grande gênio em fazer as pessoas felizes. Tem muita gente que não gosta de festas surpresas, mas cá entre nós, é fantástico, principalmente quando quem organiza são nossos irmãos e amigos de fé.
Domingo a noite após a missa, após alguns telefonemas me convidando para visitar um irmão, ir assistir DVD de pregações na casa da eterna Coordenadora Diocesana da RCC/Cáceres, o que para mim já é motivo de muita alegria.  Agora imagine chegando lá e se deparando com os seus amigos de missão, comemorando uma festa, que você nem imaginava que poderia ocorrer, e todos agora comemoram uma etapa de sua vida com você, todos ali com uma palavra saltando do boca: SUPRESA! FELIZ ANIVERSÁRIO!
Uma festa surpresa é algo muito especial para quem a recebe, pois a impressão que lhe transmite é que aquelas pessoas que estão ali presentes se preocuparam e tiveram o máximo de cuidado para preparar tudo da melhor maneira possível e se atentaram com os detalhes, e ainda com o fato de que tudo deveria ser escondido, além dos diversos preparativos no geral.
A Festa por si só, já é uma festa, (quanta redundância), mas festa de aniversário, ainda por cima, festa surpresa, organizada pelos seus "filhos" do Ministério Jovem e Ministério Universidades Renovadas, é para levantar os braços ao céu, e agradecer muito a Deus.
À vocês seus arteiros que organizaram a festa surpresa e que estiveram presente nela, que me enganaram muito bem, diga-se de passagem, o meu muito obrigado. Que Deus abençoe a todos vocês. E que ele dê forças para que no ano que vem, tenha mais (brincadeira).
Que Maria possa interceder pela vida de todos vocês. E a todos que me mandaram mensagem no celular, no facebook, twitter, orkut, hotmail...muito, muito, muito obrigado pelo carinho e consideração. Que a luz de Cristo seja para sempre a nossa única luz. E VIVA A FESTA SUPRESA, PARA MIM!

sábado, 23 de abril de 2011

Liberdade de Expressão não vale para Sinos

“Se você soubesse que poucos se importariam com a sua vinda, ainda assim viria?
Se você soubesse que aqueles a quem ama lhe escarneceriam no rosto, ainda assim se preocuparia com eles?
Se soubesse que as línguas que criou zombariam de você, as bocas que formou cuspiriam em você, as mãos que moldou lhe crucificariam, ainda assim as criaria? Cristo as criou.
Você consideraria os paralíticos e inválidos mais importantes do que a si mesmo? Cristo agiu assim.”

O texto acima não é de minha autoria, é de autoria de Max Lucado, um escritor cristão. Ah! Se você não o conhecer não se desespere não, pois há muita gente que nunca ouviu falar de Joseph Ratzinger. Ah! E se você também nunca ouviu falar deste último, você não é o único e também não se desespere, nem se entristeça, pois há inúmeras pessoas que não conhecem Jesus. Se você não conhecer Jesus, não tem nem como eu dizer para você não se desesperar, pois provavelmente você já é uma pessoa cheia de desesperança, cheia de tristezas, agonias... Pode não ter percebido ainda, pois isto é um dos principais sintomas de quem não conhece Jesus: “Achar que está tudo bem.”
Mas não desista! Jesus quer que você o conheça, pois ele te conhece muito bem. E ele quer que você seja uma pessoa repleta de esperança.

Se você mora em uma cidade pequena provavelmente deve saber onde tem uma igreja, seja a matriz, ou as comunidades, não importa. O Importante é você ir para se encontrar com Jesus, ele estará lá. E é uma grande alegria nos encontrarmos com Jesus, unidos em comunidade. Domingo é o dia do Senhor! É dever de Cristão ir ás Santas Missas todos os domingos, pelo menos. Se não sabe os horários dela, no horário de almoço dá uma passada no salão paroquial, cidade pequena, é tudo perto mesmo.
Se você mora em uma cidade grande, pode ser que você não saiba onde encontrar uma igreja, nem saiba o horário das Santas Missas. Cidade grande, o tempo é curto para procurarmos informação, sobre horários de Grupos de Oração, Missas, etc. Em outros tempos, era só ouvirmos soar os sinos, que íamos correndo para a igreja, para encontrarmos com o Senhor. Por mais que a cidade era grande, sempre existe uma igreja, capela perto de nossa casa, e o sino funcionava como “lembrete”, “GPS”...

Digo em outros tempos, pois atualmente, os sinos não estão na lista da tão amada e idolatrada LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Os sinos não podem mais soar! “Aleluia! Não suportava mais o som insuportável, é irritante deles”. Isso é o que estão dizendo as pessoas ao entrarem com ação na justiça, para proibir a LIBERDADE DE EXPRESSÃO dos sinos.
Mas por que meu Deus, os sinos não podem mais soar? Ah! Porque é muito barulhento. As pessoas precisam de sossego, paz e o sino não proporciona isso a elas. Mas e aqueles amontoados de letras que formam músicas de baixíssimo calão, que incitam o tráfico, prostituição, adultério, que algumas criaturas chamam de música, que estão sendo “veneradas” em cada esquina, e que duram dias e noites, semanas e meses, anos e séculos? Ah! Isso pode! De preferência em alto e bom som – isso é LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Os sinos soarem para convidar as pessoas a se encontrar com Jesus na Eucaristia, para ouvir a sua palavra, viver o amor em comunidade, partilhar um sorriso, um abraço, está incomodando as pessoas, que argumentam que não querem nada mais, do que sossego, paz. Que pessoa seria capaz de ir ao tribunal para proibir que se calem os anunciadores do Cristo Eucarístico? Que tipo de paz essas pessoas estão procurando?

Acredito verdadeiramente que é a paz que elas encontram nos amontoados de letras, que incitam o sexo desregrado, o homossexualismo, a troca de casais. Ah! E, aliás, uma observação aí. Isso é ser cidadão do século XXI. É não ser careta. É não ser retrógado, antiquado.
Na verdade eu fico me perguntando para que sinos, se eu posso divulgar as Santas Missas na TV. Ah! É que para divulgar na TV, é preciso pagar pelo horário do comercial. Os recursos financeiros são poucos, e os dizimistas estão cada vez mais calados, mas isso é assunto para outra hora.

Como já disse antes, os sinos, e todos os demais veículos de comunicação que cooperam para anunciar o Cristo Eucarístico, não estão na lista da Liberdade de Expressão. Não “têm” um tempinho gratuito nos veículos de comunicação de massa. Retorno ao texto do Max, no início deste: “Se soubesse que as línguas que criou zombariam de você, as criaria?”
Acredito Max, que você tem uma resposta a sua pergunta. Infelizmente para muitos, Cristo não suportou o renovar da moda, não acompanhou a revolução dos tempos, não se adaptou a realidade. E isso é uma grande gafe viu Jesus. Hello Jesus! Acorda! Estamos no século XXI. Estamos cegos, estamos vegetando, mas ainda não demos conta disso. Tenho ódio do sino que me faz lembrar Jesus, mas faço abaixo assinado, “paradas” “panelaços”, “pit-stops” “esquentas”, “muvucas” e por aí vou amontoando letras, acompanhando a “atualidade”, para dar nomes às coisas, em prol da LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Por isso não se desesperem se você não conhecer o Cardeal Wojtila, Joseph Ratzinger, Beata Elena Guerra, Jesus Cristo... é normal. Precisamos e devemos conhecer e fazer novas experiências, nos adaptar ao tempo em que vivemos.
Mas e os sinos? – Sinos? Agora é carnavalation, faturation, rabolation. VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO! CALEM-SE OS SINOS.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Papa revive no Coliseu o drama de Jesus

Bento XVI reviveu junto a milhares de peregrinos o drama da morte de Jesus, no Coliseu, em Roma, durante a noite desta Sexta-feira Santa.
Ao final do ato de piedade cristã, da colina do Palatino, o pontífice convidou os fiéis a contemplarem “no silêncio da morte” “o peso do sofrimento do homem rejeitado, oprimido, esmagado”.
Papa Bento XVI,durante via-sacra desta Sexta-Feira Santa
Assim, os fiéis, que levavam em suas mãos uma vela acesa que iluminava este local de suplício da Roma imperials reviveram, por convite do pontífice, “o drama de Jesus, carregado com o sofrimento, o mal, o pecado do homem”.

“A Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele.”

“A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada”, disse o Papa.
Bento XVI presidiu ao rito de joelhos em frente ao Coliseu. As estações da Via Sacra avançaram pelo interior do Coliseu, continuaram diante do Arco de Trajano e concluíram no Palatino.
Fonte: Zenit

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Porque lavar os pés?

A imagem de Jesus ajoelhado aos pés da humanidade, está na minha mente há algum tempo. Jesus se abaixando para limpar e curar as feridas e para lavar os pés, sem dizer nenhuma palavra, mas com lágrimas escorrendo pelo rosto. Como é diferente da imagem de um Deus que julga, condena e pune; um Deus que vê os seres humanos como culpados. Por muitos séculos, as pessoas tiveram esta imagem de Deus. Mas Jesus nos diz: "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mt 11, 28).
Hoje as pessoas estão exaustas. Há muito que fazer, muitas coisas a aprender. A competição está em toda parte, poucos são os vencedores e muitos os perdedores. A vida é uma luta constante pela sobrevivência. Muitas pessoas têm que usar máscaras para esconder sua falta de coragem, as dores do seu coração, seu desespero, sua falta de senso de dignidade, porque às vezes eles não têm trabalho.

Outras pessoas estão cansadas de tantas horas de viagem para o trabalho e para casa, suas agendas superlotadas, compromissos, metas a alcançar e todos os problemas sociais ainda não resolvidos e os problemas do mundo. Quando as pessoas estão muito cansadas e fragmentadas, elas perdem a energia e o desejo de celebrar, de agradecer. Elas não têm mais tempo para as outras pessoas, especialmente para os pobres e marginalizados, elas não têm tempo para abrir o coração.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos nos mostra como Deus ama, e como seus discípulos, naquela época e hoje também, são chamados a amar e a "amar até o fim".

Finalmente, o lava-pés é um mistério como muitos outros atos de Jesus. Nós entramos neste mistério gradativamente, através de momentos em que sofremos perdas e nos tiram mais e mais o que possuímos. Quando Jesus diz a Pedro que ele entenderá 'mais tarde' Jesus está dizendo aos seus discípulos que é somente depois da longa noite do desconhecimento, e somente por um novo dom do Espírito Santo, que podemos penetrar este mistério e vivê-lo.
Jesus convida seus amigos a tirarem as roupas que lhes dão um status especial, a retirar as máscaras e a se apresentar perante os outros humildemente, vulneravelmente, com toda a sua pobreza. Para se tornar pequeno e humilde é necessário um coração cheio de amor, purificado dos seus medos e da segurança humana, pronto para amar até o fim, a fim de dar a vida aos outros.

Como Jesus quer que o imitemos? Jesus nos convida a seguí-lo na caminho da pequenez, do perdão, da confiança, da comunhão a da vulnerabilidade - sem abandonar em outros momentos nosso papel de responsabilidade onde exercemos autoridade com força e justiça, bondade e firmeza. Jesus nos convida a viver a loucura do Evangelho, não julgar os outros, mas sermos compassivos, perdoar e amar até o fim, e até amar aos nossos inimigos. Isto é impossível a menos que retiremos nossas vestes e nos tornemos pobres e desnudos perante Deus, para que estejamos totalmente "revestidos de Cristo."

Algumas pessoas, inspiradas pelo Espírito Santo, vivem mais profundamente a bênção do lava-pés, de sentar e comer com o pobre, o manco, o aleijado e o cego. Outros que têm importantes papeis na sociedade são tocados pelo sermão da montanha e pelo seu exemplo de vida. Eles anseiam por seguí-lo mais de perto. O rei Luís IX da França - S. Luís - costumava lavar os pés os doentes, todo ano na Quinta-feira Santa. Ele gostava de receber mendigos em sua casa e os servia na mesa. Um dia, enquanto ele caminhava com um acompanhante, eles ouviram o sino que avisava a aproximação de um leproso. Seu acompanhante correu, com medo de ter contato com o leproso. Luís no entanto, foi ao encontro do leproso e beijou-lhe a mão. Mahatma Ghandi quando visitava uma cidade, sempre procurava ficar com os "intocáveis" (os que pertencem as mais baixas castas da sociedade indiana), Ghandi passou a chamá-los de harijans, "filhos de Deus". Na sua própria vida na comunidade, no ashram onde ele vivia, mesmo quando tinha um importante papel na política, ele fazia questão de lavar os banheiros - e continuou a fazer isto até o final de sua vida. Desta forma, Ghandi testemunhava Jesus, pobre e humilde, Jesus o servo, que ele tanto admirava.
Depende de cada um de nós descobrir como somos chamados a ser mais "revestido de Cristo," a fim de servirmos nossos irmãos e irmãs com amor, bondade e humildade. Depende de cada um se aproximar mais daqueles que estão "abaixo", ajudá-los a se levantar, ouvi-los, pedir seus conselhos, aceitá-los como são, com todas as suas diferenças, ser um deles.

Jesus insiste para que os discípulos lavem os pés uns dos outros. Ele diz a Pedro que é absolutamente necessário que ele lhe deixe lavar os pés, caso contrário, ele não terá parte com Jesus. Jesus afirma que ao fazer isto, ele está nos dando um exemplo a ser seguido, e que isto é uma bem-aventurança e uma benção. Tudo isto é porque Jesus quer que tenhamos uma atitude interior de humildade e serviço em todas as ocasiões. Mas ele também está afirmando a importância de realmente lavarmos os pés uns dos outros. Este ato de humildade expressa de forma concreta o nosso amor e respeito pelos outros.

A Igreja Católica Romana realiza na Quinta-feira Santa a cerimônia do lava-pés, quando o padre lava os pés de doze membros da comunidade, como um sinal de obediência a Jesus. Não está Jesus pedindo que todos os membros das comunidades cristãs, de todas as famílias cristãs, lavem os pés uns dos outros em uma cerimonia bem preparada, em espírito de oração, serviço e comunhão?
Lavar os pés de um irmão ou irmã em Cristo, permitir que alguém lave os nossos pés, é um sinal de que juntos nós queremos seguir a Jesus, tomar o caminho da pequenez, para encontrar a presença de Jesus no pobre e no fraco. Isto não é um sinal de que queremos viver um relacionamento de coração com os outros, encontrá-los como uma pessoa e um amigo, e viver em comunhão com eles? Não é isto um sinal de que desejamos ser homens e mulheres de perdão, desejamos ser curados e purificados para curarmos e purificarmos os outros e então vivermos em maior comunhão com Jesus?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

JP II: o Papa que tocou o coração dos jovens

A cena mostra um jovem sacerdote sempre em meio a outros jovens. Estava junto deles, praticando esportes, em apresentações artísticas e até os levando para aventuras e andar de canoa nos rios da Polônia. E o assunto entre eles era a caminhada em Deus e até mesmo a sexualidade humana.
Este são alguns do trechos do filme “Pope John Paul II” (Papa João Paulo II, 2005) que ilustra muito bem este contato do então Karol Wojtyla com os jovens. E quando se tornou “João Paulo II”, este aspecto de sua vida não foi diferente.
Papa JP II na última JMJ em que participou, 2002
em Toronto, em Canadá
João Paulo II foi realmente o “papa da juventude” e o primeiro marco desta proximidade com os jovens foi com a instituição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em 1985, quando aconteceu, na Praça São Pedro, um grande encontro por ocasião do Ano da Juventude, declarado pela Nações Unidas.
A primeira aconteceu, portanto, em 1986, no Domingo de Ramos, em Roma, com o tema “Estais sempre prontos a responder a todo aquele que pedir a razão de vossa esperança” (1 Pedro 3,15). A partir de 1987, com a grande procura dos jovens para o encontro, as jornadas foram organizadas em outros países e a primeira fora da capital italiana aconteceu em Buenos Aires, capital da Argentina.
A cada jornada, milhões de jovens do mundo inteiro não deixaram de acorrer ao futuro beato para ouvir as palavras do sucessor de Pedro. E a última JMJ de mobilização internacional de que participou foi em Toronto, no Canadá, no ano de 2002.
Na ocasião, o Papa Karol afirmou que, apesar de sua idade, ele continuava com as mesmas aspirações e esperanças do que os jovens:
“Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor são tão grandes a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens”.
Antes de morrer, em 2005, o Papa Karol também deixou suas últimas palavras à juventude. No dia 6 de agosto de 2004, ele assinou a mensagem para a 20ª JMJ, que aconteceu em agosto de 2005 e da qual acreditava que ainda estaria presente.
No texto, ele deixou um apelo para que os jovens não priorizem as coisas materiais e terrenas: “Jovens, não cedais a falsas ilusões nem a modas efêmeras, que muitas vezes deixam um trágico vazio espiritual! Recusai as soluções do dinheiro, do consumismo e da violência dissimulada que por vezes os meios de comunicação propõem”.

Evangelização da juventude

“João Paulo II foi o grande marco da evangelização da juventude na história da Igreja”. Esta é a definição do assessor do Setor Juventude da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), padre Carlos Sávio, sobre o pontificado do antecessor de Bento XVI e o trabalho com os jovens.
Padre Sávio

Padre Sávio também relatou que ele mesmo, desde criança, se encantou com a mensagem de João Paulo II. De acordo com padre Sávio, todas as ações empreendidas pela Igreja a partir de então foram reflexo da adesão pessoal do Papa pela juventude. O sacerdote considera ainda que tudo o que Karol viveu em sua juventude, nos esportes, teatro etc, contribuiu substancialmente para seu pontificado e na sua maneira singular de falar aos jovens.
Ao destacar que não é possível não se emocionar com os discursos do Papa à juventude, o assessor da CNBB ressalta que os jovens sempre estiveram presentes na vida de João Paulo II e manifestavam sua proximidade a ele: “Os jovens não o deixaram, nem nos momentos mais difíceis de sua vida, de sua doença. Os jovens estavam de prontidão porque sentiam o seu carinho, o afago e a pertença que o Papa tinha para com os jovens da Igreja”.

A continuidade em Bento XVI

Padre Carlos Sávio afirma ainda que todo o trabalho de evangelização com a juventude tem sua continuidade com o Papa Bento XVI.
Na noite do dia 25 de março de 2010, por exemplo, ele se reuniu com mais de 70 mil jovens de Roma e de todo mundo para celebrar os 25 anos das Jornadas Mundiais da Juventude.
No encontro, Bento XVI renovou a sua unidade com João Paulo II na evangelização dos jovens:
"Hoje eu renovo esse apelo à nova geração para que dê testemunho com a força humilde e luminosa da verdade, a fim de que aos homens e às mulheres do terceiro milênio não faltem o modelo autêntico: Jesus Cristo".
Na ocasião, o sucessor do Papa Karol enfatizou aos jovens ali reunidos que é possível fazer uma opção pelas renúncias quando se atribui um sentido maior a elas. “A arte de ser homem exige renúncias e as renúncias verdadeiras, que nos ajudam a encontrar a estrada da vida, a arte da vida, nos são indicadas na Palavra de Deus e nos ajudam a não cair no abismo das drogas, do álcool, da escravidão da sexualidade, da escravidão do dinheiro e da preguiça", ressaltou.

Geração JPII nas redes sociais

Com a proximidade da beatificação de João Paulo II muitos são os comentários dos jovens na internet e redes sociais destacando a santidade e testemunho do Santo Padre.
E com os followers do @cnnoticias no Twitter não foi direfente. Veja os comentários de alguns usuários que responderam à enquete "Por que você é um jovem da geração JPII?":

@ElaineCabrall: Acompanhei boa parte de sua trajetória que foi com carisma e humildade...sou fã incondicional!
@vedovatorogerio: No Ano de sua nomeação, 1978. Beato João Paulo II, rogai por nós! A benção João de Deus!
@teeeagoveronesi: Beato João Paulo II, intercessor certo para as horas incertas!
@Crys_Lara: Sou uma jovem geração #JPII porque ele soube, com sua vida, atrair a juventude para Deus! E eu fui atraída.
@Roger_cpm: Porque este homem provou aos jovens que santidade é ser quem você é de fato.
@guicn: Poque quero ser santo de calça jeans!
@fazaocn: Porque assim como ele busco vivenciar a Revolução Jesus.

Fonte: cancaonova.com
Colaboração: Henrique Angelo/Minist.Promoção Humana
Cáceres/MT

terça-feira, 19 de abril de 2011

O que nos fala a Cruz

Muitos Cristãos do século XXI tem esquecido o verdadeiro significado da cruz, em algumas linhas abaixo procurarei lembrar o siginificado da mesma para que tenhamos sempre na memória o poder que esse simbolo usado por Cristo traz às nossas vidas.
 "Lc 9,23 Jesus dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me."

A Cruz fala de Responsabilidade com Deus: Pois todo cristão tem a responsabilidade de obedecer a palavra de Deus, pondo-a em pratica na sua vida diarimente, não só dentro da igreja onde se congrega mas no trabalho, escola, em casa e etc. Muitas pessoas tem se afastado de Deus porque muitos cristãos não querem ter o compromisso com a palavra de Deus, mais Jesus disse: Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
"Jo 14,15 Quem ama Jesus pratica a vontade dele, quem não o ama basta praticar sua própria vontade e esquecer a de Deus!"

A Cruz fala de Renúncia: Quanto não querem abandonar seu ego, para serem usados por Deus, preferem satisfazer seus desejos em vez de fazer a vontade daquele que deu a própria vida por todos nós, mais quando estão com problemas querem que Deus os solucione, muitos acham que Deus é o gênio da lâmpada, ele deve atender o pedido e voltar para a lâmpada até que se precise dele novamente, não é assim que a Bíblia ensina, ele é o Senhor e nós é quem somos os servos, é nossa a obrigação de servi-lo e não a dele, devemos primeiro buscar o reino, primeiro amar a Deus, primeiro a sua vontade, primeiro devemos adorá-lo e depois de nossa parte feita ele por seu amor supre todas as nossas necessidades!
"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mt 6,33"

A Cruz fala de Comunhão com Deus: A cruz foi construida com duas hastes de madeira, uma na vertical e outra na horizontal, simbolizando que aquele que estava no seu centro morrendo por todos nós fazia novamente a união entre Deus (Horizontal) e os homens (Vertical), trazendo salvação a toda humanidade!
"Porque ele (Jesus) é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade. Efésios 2,14"

A Cruz fala de Sacrificio: Jesus mostrou com sua própria vida que todos que querem segui-lo passarão por muitas dificuldades e tribulações, mas que as mesmas serviriam para nos capacitar na sua obra. A cruz era um intrumento de tortura por isso fala de sofrimento, fala de uma vida vitóriosa a base de luta!
"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. Rm 8,18"

A Cruz fala de Amor: Jesus sendo de condição divina, assemelha-se a nós, assume a condição de servo, tornando-se obediente até a morte, para que fossemos libertos do pecado, para que pudéssemos ser livres. O amor de Jesus por nós, foi um amor exagerado, alguns dizem até "escandaloso". Mas é porque ele prova que não importa a situação em que se encontra os seus irmãos, ele é capaz de fazer de tudo, "um escândalo". Inclusive morrer numa cruz, mesmo sendo livre de qualquer pecado de seja. Ele suportou a cruz! Mas não suporta a ideia de perder você!
"Não há prova de amor maior, do que aquele que dá a vida, pela vida dos seus amigos. Jo 15,13"

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ministério Jovem Diocese de Cáceres: Unidade e Trabalho

 Nos dias 16 e 17 de Abril de 2011, as lideranças do Ministério Jovem da Diocese de Cáceres se reuniu para o primeiro compromisso diocesano do ano: Fortalecer os alicerces, para trabalhar em unidade com o Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica de todo Brasil.
A Coordenadora Diocesana do Ministério Jovem da Diocese de Cáceres, Cléria Martins, com palavras de ânimo, pediu aos Coordenadores Paroquiais do MJ, que trabalhem com unidade com o Grupo de Oração, humildade, obediência e amor.
Também esteve presente o Coordenador Estadual do Ministério Universidades Renovadas e Membro da Equipe Estadual do MJ, Neilon Vilela, que partilhou com os presentes uma carta do Coordenador Estadual do MJ, Diego Borges, que pediu coragem aos Sentinelas da Diocese de Cáceres. Na carta ele citou um trecho do dircuso do Papa Bento XVI, quando o mesmo esteve no Brasil em 2007, em que ele reforça a mensagem que o saudoso Papa JP II, nos dirigiu durante todo seu pontificado, que durou quase 27 anos: "Jovens vocês são o rosto jovem da igreja, não sois apenas o futuro, mas o presente jovem da igreja".
A reunião que aconteceu paralelamente ao Conselho Diocesano, serviu para que os coordenadores SENTINELAS das cada paróquias pudessem se conhecer, juntamente na presença da Coordenadora Diocesana. Além de fortalecer a unidade, para a "ONDA MISSIONÁRIA" em que o Ministério irá fazer nos quatro cantos da diocese. "Por causa de tua palavra, lançaremos as redes" - Os Sentinelas da Manhã da diocese de Cáceres, tomou posse dessa profecia.

Vamos ser Cristocêntrico?

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte. E precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.
Não existe planta sem a morte da semente, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio a morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém .
Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos, enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior.
E qual o risco de não agirmos assim?O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam.
Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados. Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não mantemos as virtudes de criança, que também são necessários anos, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc.
Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser. Pense nisso e morra. Mas, não esqueça de nascer melhor ainda. O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem, por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Fernando Pessoa

Vamos matar dentro de nós o "egocentrismo" e deixar viver o "cristocentrismo", para que Jesus possa ser o centro de nossas vidas. Sejamos jovens que vivam as coisas do mundo, sem ser mundanos. Sejamos universitários que tenham compromisso com a sociedade, com o próximo.
Torne-se "cristocêntrico". Esse é o segredo da felicidade.

domingo, 17 de abril de 2011

O Evangelho dos Jumentos

Uns, fizeram de seu ofício a ostentação da cauda dos pavões. Outros, foram feitos para alçar o vôo dos gaviões. Alguns, encontraram suas vitórias nas brigas de leões e gostam de ganhar todas elas. Um grupo em extinção, salta de galho em galho junto aos mico-dourados. E uma minoria, (principalmente nestes tempos) nasceu para ser jumento.
Deve ser "tão melhor" brilhar, ser conhecido, adorado, ovacionado, aplaudido... deve ser bom o reconhecimento do meu talento. Mas, por que então, justamente ao jumento, Deus confiou Seu Filho, Jesus?
Por que Jesus não alçou vôo como o Superman, ou interagiu como os super-gêneos, ou levantou sua espada de "thundera"? Por que essa insistência divina, em querer ser aquilo que eu não gosto de ser? Por que a salvação entrou em cima de um jumento, tirando de mim toda a possibilidade de ser proprietário dos bens terrenos?
Aonde Deus queria chegar quando inventou o jumento? Que Evangelho é esse, meu Deus? O que Deus queria me ensinar, quando, ao invés de colocar Jesus em um Toyota, colocou-o em cima de um produto híbrido, resultante do cruzamento de um asno com uma égua?

Em um mundo de consumo, de roupas caras, do prazer de ser "Apple-maníaco", um jumento vem nos ensinar que a Graça de Deus nos basta. E que Deus faz a salvação acontecer sobre aquilo que eu sou e não sobre o que tenho e posso.
O jumento veio ao mundo para confundir a Apple, a Microsoft, a Vivo, a Claro, o BB, o Smartphone, o McDonalds, a Coca-cola, a Phillipe Morris, os leigos católicos, os cristãos que pedem dízimo prometendo carros luxuosos e gordas mesadas.
Intelectuais católicos tem aversão aos jumentos, pois alegam que eles são radicais e falam uma língua que ninguém entende.
Freud foi bom, ah! mas o jumento foi melhor. O CD que você gravou, ganhou "Oscar" mas, o relinchar do jumento, chamou mais a atenção divina. E, enquanto a galera fica doida para ter um cantinho no programa do Amaury Jr. ou no programa do Jô, os jumentos perdem o espaço e nem conseguem direito mais evangelizar.

O Evangelho dos jumentos existe e foi o próprio bichinho quem escreveu quando aceitou carregar a Salvação. Os jumentos podem ensinar muito para mim. Ele me confunde também, quando eu assino cheque, faço compras no cartão, gasto meu dinheiro com tudo que eu gosto e não ajudo minha paróquia ou a uma obra de evangelização.
Os jumentos falam mais alto, quando meu dinheiro não consegue salvar a vida de um ente querido, ou quando quero reconstruir minha amizade com meu pai. Posso ser rico, mas não o suficiente para carregar no pescoço a Salvação eterna, porque minha riqueza é mundana, e tudo que é do mundo é limitado, é passageiro, é ilusão.

Peço a Deus que os jumentos se levantem rapidamente. Que o Evangelho dos jumentos seja mais pregado, sem medo, mas com ousadia profética e sem o temor de vincular meu nome ao Nome de Jesus. Que gritem então, os jumentos!

sábado, 16 de abril de 2011

A castidade e o amor

As pessoas sofrem sérias conseqüências espirituais, físicas e emocionais, com a vivência, compreensão e propagação deturpada do amor e com a falta da castidade.
A falta de conhecimento do que é de fato o amor segundo a vontade de Deus e a castidade e de que ambos estão interligados faz com que amar se torne algo raro, e faz com que essa área, que é tão importante na vida, fique defasada, vazia, confusa ou sem significado.
Todas as pessoas sentem naturalmente um desejo profundo de encontrar o amor verdadeiro, mas nenhum cristão em sã consciência deveria se permitir viver um amor que não é conforme a vontade de Deus.
Para conhecer e viver o amor verdadeiro, no plano de Deus é preciso a vivência da castidade!
O Papa João Paulo II, em seu livro “Amor e Responsabilidade”, afirmou: “A castidade não pode ser compreendida sem a virtude do amor. Apenas o homem casto e a mulher casta são capazes de amar verdadeiramente.”
A vivência da castidade é sempre necessária; independe do estado de vida da pessoa: o solteiro é chamado a viver em continência, o casado em castidade conjugal e o leigo consagrado ou religioso em celibato.
Castidade não significa virgindade; existiram muitas pessoas que infelizmente perderam a virgindade antes do casamento, mas que conseguiram depois alcançar a santidade com o arrependimento e a mudança de vida.
A castidade é uma virtude que faz ver e tratar a si mesmo e as outras pessoas como Deus deseja, com transparência nos atos, em amor verdadeiro. Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, afirmou: “A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade.”

A castidade não é repressão e puritanismo; pelo contrário, viver em castidade é ser livre da atitude utilitarista, que é a de ver a outra pessoa como algo a ser usado, algo que só é útil enquanto traz prazer.
No entanto, sem a prática da castidade pelos atos, pensamentos e palavras, perde-se a responsabilidade pelo próprio corpo e pelo corpo do próximo.
Sem o respeito e a dignidade pelo corpo, que é templo do Espírito Santo, torna-se praticamente inviável alcançar a capacidade de ser e fazer alguém feliz no amor.
É necessária a plena consciência de que o corpo não é objeto, mas instrumento de amor.
Um grande esforço deve ser feito continuamente, utilizando-se principalmente o sacramento da confissão e da comunhão, assim como o jejum e a oração, para viver a virtude da castidade e conseqüentemente viver o amor.
Para amar e viver em castidade, é preciso fazer bem à pessoa amada, mas, com a deturpação de seu significado, principalmente através dos meios de comunicação, que induzem o tempo todo que a pessoa é objeto de uso e não de amor, amar atualmente é algo raro.

Deus não criou o homem e a mulher para viver o prazer dissociado do amor, mas deseja que vivam a união sexual, com amor e prazer unidos, no momento certo, que é no matrimônio, porque só ali ambos são capazes de se entregarem mutuamente como um dom de Deus para o outro, preservando todas as características do amor verdadeiro, que deve ser livre, total, fiel e fecundo.
O sofrimento do ser humano por não conseguir viver o amor verdadeiro ocorre devido à depreciação de si mesmo e dos outros como um mero estimulante para uma sexualidade desregrada, a vida em luxúria e o utilitarismo, que é o contrário do amor.
A vivência da castidade é a cura para todos esses males, e ela funciona e faz felizes e libertos todos que a praticam.

Juliana Gonçalves dos Santos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A tristeza mata. Vamos de alegria?

Saiba transformar um momento de tensão num momento de descontração!
Com um rosto sorridente, o homem duplica as capacidades que possui. Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios; mas a tristeza mata. O povo diz sabiamente que quem canta seus males espanta. Quando você mergulha na tristeza, não consegue subir um degrau; mas se, se firma na alegria, consegue galgar montanhas.
Acho que você já ouviu a história daquele rapaz que andava triste porque não tinha sapatos, até que encontrou alguém que não tinha os pés... estancou as lágrimas no mesmo instante.

Veja o que a Palavra de Deus diz da tristeza:
"Ao justo nenhum mal pode abater, mas os maus enchem-se de tristezas" (Pr 12, 21).
"Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos" (Eclo 30,22).
"Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma" (Eclo 30,24-25).
"Um coração perverso é causa de tristeza, mas o homem experiente resistir-lhe-á" (Eclo36,22).
"Pois a tristeza apressa a morte, tira o vigor, e o desgosto do coração faz inclinar a cabeça" (Eclo38,19).
"Não entregues teu coração à tristeza, mas afasta-a e lembra-te do teu fim" (Eclo 38,21).

O remédio para a própria tristeza é procurar com presteza consolar a tristeza dos outros, e entregar a Deus a própria tristeza, na fé. Nada seca tão depressa como uma lágrima, quando enxugamos a lágrima alheia. A caridade produz a alegria; todas as pessoas e grupos que fazem o bem aos outros são alegres.
A alegria não está nas coisas, mas em nós, e ela é para o corpo humano o mesmo que o sol é para as plantas. Quem está contente jamais será arruinado. A vida não aprecia aqueles que se lamentam, mas os que sorriem. A vida coloca de lado os que vivem se lamentando, reclamando e criticando... Ela ama aqueles que a amam.
Nas horas difíceis ou constrangedoras, saiba vencer a tristeza e o mau humor com uma brincadeira saudável, sem ofender os outros. Certa vez, o Papa João XXIII fez uma visita a uma paróquia de Roma; e ao passar pelo povo ouviu uma senhora dizer para outra:

- Nossa, como ele é gordo! O Papa ouviu, virou-se para a mulher e disse sorrindo:
- Minha senhora, o conclave não é um concurso de beleza! E continuou a caminhada.

Um casal viajava com os filhos e, de repente, a esposa começou a se queixar para o marido:
- Você não me abraça mais; não me faz mais aqueles carinhos gostosos que fazia quando a gente viajava junto... E foi reclamando. Muito tranqüilo e sem se ofender a esposa, ele virou para ela e disse:
- Meu bem, naquele tempo a gente não viajava de Kombi com cinco crianças brigando nos bancos de trás! E foi só risada!
Saiba transformar um momento de tensão num momento de descontração, brincando. A lamentação é uma das coisas mais tristes do relacionamento humano; nada resolve e cria um clima de pessimismo, acusação, tristeza e amargura.
Estamos acostumados a reclamar das coisas que nos aborrecem, mas não vemos o lado bom que também existe em nossa vida. São Paulo pede aos filipenses que não fiquem murmurando:
"Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo" (Fl 2, 14-15).
Não fique se queixando tanto dos impostos que você paga, isso significa que você tem emprego, ou tem bens...
Não reclame da confusão que você tem de limpar após uma festa, pois isso significa que você tem amigos...
Não reclame das paredes que precisam ser pintadas, da lâmpada que precisa ser trocada, porque isso significa que você tem onde morar...
Não devo me lamentar porque eu não achei um lugar para estacionar o carro, pois isso significa que além de ter a felicidade de poder andar, tenho um carro que muitos não têm.
Não reclame da senhora que canta desafinado atrás de você, ao menos isso significa que você pode ouvir.
Não reclame do cansaço e dos músculos doloridos que você sente ao final do dia porque isso significa que você tem saúde para trabalhar...
E assim, eu e você poderíamos multiplicar esses exemplos.
Por mais difícil que esteja sua situação, tente sorrir, você verá que será mais fácil passar por mais essa prova... Se não resolver seu problema, agradeça a Deus por eles e peça coragem para enfrentá-los com dignidade.

Não estrague o seu dia. A sua irritação não solucionará problema algum... Suas contrariedades não alteram a natureza das coisas... Seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar... O seu mau humor não modifica a vida.
A sua tristeza não iluminará os caminhos. O seu desânimo não edificará a ninguém. As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...

Se você acordou nesta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que um milhão que não sobreviverão neste período. Quantos por este mundo estão enfrentando os perigos das guerras, o horror das bombas, a solidão de uma prisão, ou as aflições da fome!
Quantos não podem freqüentar uma igreja sem o medo de molestamento, prisão, tortura ou morte... Quantos não têm comida em casa, roupas, uma casa para morar... Tudo isso nos faz concluir que é uma grande blasfêmia ficar reclamando da vida e da própria sorte.
"O que perturba os homens não são as coisas que acontecem, mas sim a opinião que eles têm delas", disse Demócrito (461-361 a.C). Uma pedra pode ser vista de muitas maneiras, como vemos nesta conhecida mensagem:
"O distraído nela tropeçou. O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. Já, David matou Golias. Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura." E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu crescimento.
Como diz o povo: se a vida lhe der um limão...faça uma limonada!
Aprendi com o frei Pascoal, na Terra Santa: "Tudo o que nos acontece nos favorece, se a gente não se aborrece e ainda agradece!"

Prof. Felipe Aquino
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fraternidade e Ecologia Humana

Na semana passada, ficamos todos chocados diante dos atos de barbárie cometidos numa escola no Rio de Janeiro, onde 12 adolescentes foram assassinados e 12 foram feridos por uma pessoa perturbada de cabeça; e, antes de terminar a mesma semana, numa tragédia semelhante, várias pessoas foram assassinadas num centro comercial na Holanda, sem nenhuma explicação plausível. Aparentemente, também se tratava de uma pessoa desequilibrada. Esses fatos chocantes, não totalmente raros, merecem uma reflexão.
De fato, muitas são as interrogações sobre os motivos de tais atos e outras tantas são as tentativas de explicar esse tipo de comportamento humano anormal e violento contra o próximo. Não pretendo explicar, mas parto de algumas constatações sobre o assassino do Rio de Janeiro; elas também aparecem, em certa medida, em outros casos semelhantes: mente perturbada, sinais de esquizofrenia, infância sofrida e carente de afeto, dignidade e autoestima machucadas e reprimidas durante a infância e a adolescência, desprezos suportados, isolamento social e comportamentos solitários, vivência num mundo de fantasia (internet), apreço por cenas de violência, paranóias de tipo religioso, acesso fácil a armas... Enfim, um ser humano profundamente desajustado e perturbado.

Como se chega a isso? Certamente, os psicólogos e estudiosos do comportamento humano terão muito a dizer; a mente humana é complexa e as decisões pessoais dependem de uma série de fatores. De minha parte, desejo apenas refletir sobre a necessidade de uma renovada atenção ao ser humano, a cada pessoa em particular. Talvez hoje, no ritmo alucinante da vida social e econômica, acaba-se reservando pouco tempo e atenção à pessoa humana. Quanto tempo os pais têm para estarem com seus filhos pequenos e adolescentes, para ouvi-los, observá-los, falar com eles, perceber suas inquietações e problemas? Quem quer perder tempo com um adolescente problemático?

Quanto se leva em conta na educação os pequenos desequilíbrios de comportamento e caráter, que já podem aparecer na infância? Preocupam-nos as cenas de violência e desrespeito à dignidade humana, que povoam telas e telinhas e se instalam no inconsciente das crianças e adolescentes?

Durante a Campanha da Fraternidade, falamos dos problemas ecológicos e, com razão, preocupamo-nos com o equilíbrio ambiental, as mudanças climáticas e o futuro da vida no nosso planeta Terra; tudo isso tem repercussões no convívio humano e requer atitudes e comportamentos solidários e fraternos. E o próprio ser humano, fazendo parte desse delicado equilíbrio ambiental, não mereceria uma atenção especial também? Pelo menos, a mesma que se tem diante da destruição de plantas e bichinhos?

O papa Bento 16, na sua encíclica Caritas in Veritate, fala da necessidade de desenvolver uma verdadeira “ecologia humana” (cf, n.51); já tratara do mesmo tema o papa João Paulo 2º na encíclica Centesimus Annus (cf. n.38). A ecologia humana refere-se ao conjunto de modos como o homem trata de si mesmo e cuida do seu semelhante, dos hábitos pessoais e estilos no convívio social. Quem alimenta sua mente de violência, acabará praticando a violência um dia; o desprezo e o desrespeito pela dignidade do próximo desencadeiam fermentos de ódio e violência; os vícios cultivados e até incentivados são campo fértil para toda sorte de males. E quando tratado bem e estimulado à prática da virtude, o ser humano se torna semeador de obras de bem.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Massacre no Rio: Deus se omite ou permite?

Enchentes, deslizamentos, desmoronamentos e mais de 1000 mortos na região serrana do Rio de Janeiro,
terremoto seguido de um devastador tsunami arrasa cidades inteiras no Japão e deixam quase 30 mil mortos. Estes dois episódios trágicos já seriam suficientes para que o início de 2011 ficasse marcado como um dos mais tristes da história.
Mas, eis que na manhã do dia 07 de abril, fomos novamente surpreendidos pela dor e perplexidade diante do massacre brutal de pelo menos 12 adolescentes numa escola de Realengo, no Rio de Janeiro.
Inevitavelmente surgem os comentários, questionamentos, dúvidas e até acusações: Onde estava Deus? Seria Ele incapaz de impedir o mal? Como afirmar Seu amor diante de tragédias que causam sofrimento e morte? Como Deus pode se omitir e não salvar Seus filhos amados? Se Deus é amor, como é possível tanta dor e tristeza?

Perguntas deste tipo costumam compor o cenário de episódios dramáticos como os que temos testemunhado. No entanto, não há uma resposta lógica e direta que faça os homens compreenderem perfeitamente estes males. Diante de uma chacina sem precedentes nacionais como a que ocorreu no Rio de Janeiro, pouco adianta buscar explicações que nos permitam racionalmente entender como é possível tamanha violência e brutalidade.

O mistério do sofrimento está profundamente ligado ao mistério de nossa humanidade. Por isso, João Paulo II nos ensina que “no fundo de cada sofrimento experimentado pelo homem, aparece inevitavelmente a pergunta: por que? É uma pergunta acerca da causa, da razão e também da finalidade (para que?); trata-se sempre, afinal, de uma pergunta acerca do sentido”.
Portanto, o questionamento humano sobre o sofrimento é uma afirmação intuitiva de que este traz consigo um sentido e, portanto, sempre há um conteúdo a ser descoberto e lições a serem aprendidas.

A primeira lição a ser aprendida é que o mal jamais pode ser obra de Deus.

Quem nos revela isso é Jesus Cristo em sua conversa com o jovem rico quando afirma que Deus é Bom (Mt 19,17). Se Deus é Bom, tudo que Ele faz é bom e seu ato criador é a mais sublime expressão dessa bondade absoluta. (cf. Gen 1, 10). Se tudo que existe é bom, concluímos que o mal é sempre a negação do exercício do bem e nunca um sinal de desprezo e descaso de um deus omisso e vingativo.

A segunda lição é que, pela Sua bondade absoluta, Deus criou a natureza humana dotada de liberdade para que o homem entre em comunhão com Ele por amor e não por opressão.

Assim, todo homem deve exercer sua liberdade no espaço do amor de Deus. Quando o homem rejeita esta liberdade vinculada à caridade, está negando o exercício do bem e fazendo uma livre opção pelo mal, pelo pecado e, consequentemente, pela morte (cf. Rm 6, 23). Portanto, Deus não pode interferir no dom da liberdade, mesmo que o preço a ser pago seja que os inocentes e justos sofram a maldade dos maus.

No entanto, nesta misteriosa busca pelo sentido do sofrimento, a fé nos introduz nas chagas gloriosas do Ressuscitado que passou pela cruz e ai nos ensina a mais bela e fundamental lição. Quando Santo Agostinho afirma que “Deus soberanamente bom, não permitiria de modo algum a existência de qualquer mal em suas obras, se não fosse poderoso e bom a tal ponto de poder fazer o bem a partir do próprio mal”, ele tem a Paixão de Cristo como o mais perfeito exemplo. No sacrifício redentor de Jesus, o sofrimento humano reveste-se de uma dimensão completamente nova, pois é associado ao amor, que cria o bem extraindo-o do mal, extraindo-o da mais profunda dor. No mistério da Cruz de Cristo podemos dar sentido ao sofrimento humano, pois foi por este caminho que a humanidade recebeu o bem supremo da Redenção.

Portanto, somente associado ao amor, o sofrimento humano pode ganhar sentido e ser vivido como uma via e não como um ponto de chegada. Somente pelo trilhar desta via o sofrimento pode ser retirado do mundo, não pela sua eliminação, mas pela sua elevação à ordem do amor, quando o homem “enfrenta uma fatalidade que não pode ser mudada e transforma tragédia pessoal em triunfo, converte sofrimento em conquista, onde, não sendo capaz de mudar uma situação, é desafiado a mudar a si próprio”2.

Por isso, mediante nossa fé em Jesus Cristo e iluminados pela verdade do amor, podemos afirmar que a morte destes adolescentes e a dor consequente dela não podem ser desprovidas de sentido. Tomada pelo assombro, pela perplexidade e por um profundo sofrimento, a sociedade encontra-se diante de um desafio: acolher com esperança e entusiasmo a certeza de que, misteriosamente, Deus transforma o mal em bem maior. Se o sofrimento não pode ser evitado pelo homem, que encontre sentido no amor e seja transformado em instrumento do bem e salvação para o próximo.

Na certeza que Deus Pai esteve presente na inocente Paixão e Morte de Seu Filho, permitindo o derramamento do Seu sangue pra nele gerar o bem eterno da Redenção, cremos que este mesmo Pai também manifesta a Sua presença de amor mediante o derramamento do sangue inocente destes adolescentes do Rio de Janeiro. Assim, na certeza que o sacrifício redentor de Cristo gerou na humanidade uma vida nova, esperamos que a morte destes estudantes desperte no seio da sociedade a fecunda esperança de transformar, em Cristo, todo sofrimento em amor, todo desespero em paz, toda desordem em justiça, todo descaso em respeito, todo desprezo em compaixão, todo individualismo em fraternidade e toda morte em vida ressuscitada.
 
Renato Varges, Comunidade de Aliança Shalom

domingo, 10 de abril de 2011

Papa Bento XVI - A novidade é a ressurreição de Cristo

Faltam só duas semanas para a Páscoa, e as leituras bíblicas deste domingo falam todas de ressurreição. Não ainda da ressurreição de Jesus, que irromperá como uma novidade absoluta, mas da nossa ressurreição, a que todos nós aspiramos e que o próprio Cristo nos doou, ressuscitando dos mortos. Observações iniciais de Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, antes da recitação do Ângelus, na Praça de São Pedro. “A morte representa para nós como que um muro que nos impede de ver mais além. E contudo o nosso coração estende-se para lá deste muro, e embora não possamos conhecer o que ele esconde, ainda assim nós o pensamos, o imaginamos, exprimindo com símbolos o nosso desejo de eternidade”. Recordando a primeira leitura, em que o profeta Ezequiel anuncia ao povo judaico exilado longe da terra de Israel que Deus vai abrir os sepulcros dos deportados para os fazer regressar à sua terra, para aí repousarem em paz. É a aspiração a uma “pátria” que acolha o homem no final das fadigas terrenas. Esta concepção – fez notar o Papa – não contém ainda a ideia de uma ressurreição pessoal da morte, que comparece só nos finais do Antigo Testamento. Ainda no tempo de Jesus, não era ainda acolhida por todos os Judeus… “Aliás, mesmo entre os cristãos, a fé na ressurreição e na vida eterna é tantas vezes acompanhada de muitas dúvidas e confusões, porque se trata em todo o caso de uma realidade que vai para além dos limites da razão e requer um ato de fé”. No Evangelho deste domingo - observou Bento XVI – escutamos a voz da fé pela boca de Marta, a irmã de Lázaro: “Sei que ressurgirá na ressurreição do último dia”. Ao que Jesus replica “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo se morrer, viverá”. “É esta a verdadeira novidade, que irrompe e supera todas as barreiras! Cristo abate o muro da morte, n’Ele habita toda a plenitude de Deus, que é vida, vida eterna. Por isso a morte não teve poder sobre Ele. E a ressurreição de Lázaro é sinal do seu pleno domínio sobre a morte física… Mas existe outra morte, que custou a Cristo a luta mais dura – o próprio preço da cruz: a morte espiritual, o pecado, que ameaça arruinar a existência de qualquer homem. Cristo morreu para vencer esta morte, e a sua ressurreição não é o regresso a uma vida precedente, mas a abertura a nova realidade, uma ‘nova terra’, finalmente ligada ao Céu de Deus”.
Fonte: http://www.catolicos.com.br/

sábado, 9 de abril de 2011

Papa propõe um novo martírio: a ridicularização

A vida do cardeal John Henry Newman (1801-1890) mostra que “a paixão pela verdade, a honestidade intelectual e a autêntica conversão são custosas”, disse Bento XVI, durante a vigília de oração pela beatificação do purpurado britânico.
O ato de oração aconteceu em pleno coração de Londres, reunindo 80 mil pessoas, muitas delas jovens.
Após a leitura das bem-aventuranças, Bento XVI, em sua homilia, compartilhou com os presentes a influência que Newman exerceu em sua vida e em seu pensamento: este anglicano que passou a fazer parte da Igreja Católica “nos convida a examinar nossas vidas, para vê-las no amplo horizonte do plano de Deus e crescer em comunhão com a Igreja de todo tempo e lugar”.

Uma vida ao serviço da Verdade

O Papa destacou a luta constante que o venerável servo de Deus travou contra a tendência de reduzir a fé à esfera privada e a uma percepção meramente subjetiva; uma luta que oferece grandes ensinamentos para o tempo presente, “quando o relativismo intelectual e moral ameaça destruir a própria base da nossa sociedade, Newman, recorda que o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, recebe um chamado especial: conhecer a verdade e encontrar nessa verdade nossa liberdade última e o cumprimento das nossas aspirações humanas mais profundas”.

Proclamar o Evangelho com valentia

“Não podemos guardar para nós mesmos a verdade que nos torna livres”, exortou o Papa, dizendo que, a exemplo de Newman, “é preciso dar testemunho dela”, porque a verdade “pede para ser ouvida”. De fato, o poder de convicção que a verdade tem “procede de si mesma, e não da eloquência humana ou dos argumentos que a expõem”.

Um novo martírio: a ridicularização

O Pontífice indicou que “o preço a ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado, desconjuntado, esquartejado”; não obstante, aqueles que proclamam a fé com fidelidade nos tempos atuais muitas vezes devem pagar outro preço: “ser excluído, ridicularizado”.
Mas advertiu que nem por isso a Igreja “pode se desviar da sua missão de anunciar Cristo e seu Evangelho como verdade salvadora, fonte da nossa felicidade definitiva como indivíduos e fundamento de uma sociedade justa e humana”.
Bento XVI convidou os presentes a viverem sua fé com coerência, a exemplo de Newman, pois a verdade se transmite “não só pelo ensinamento formal”, mas sobretudo “pelo testemunho de uma vida íntegra, fiel e santa”.
Da mesma forma, destacou que, diante da crise de fé da sociedade atual, os cristãos não podem “se dar ao luxo de continuar como se não acontecesse nada”.
Advertiu que tampouco basta confiar somente “em que o patrimônio de valores transmitido durante séculos do cristianismo continuará inspirando e configurando o futuro da nossa sociedade”.
“Sabemos que, em tempos de crise e turbação, Deus suscitou grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã – recordou o Papa. Confiamos em sua providência e pedimos que nos guie constantemente.”

Aos jovens

O Papa fez um convite especial aos jovens, para que escutem atentamente o chamado particular que o Senhor faz a cada um, seja dentro da vida consagrada, no sacerdócio ou dentro do sacramento do matrimônio: “Peçam-lhe a generosidade de dizer ‘sim’. Não tenham medo de entregar-se completamente a Jesus. Ele lhes dará a graça de que precisam para acolher seu chamado”.
E marcou um encontro com os jovens na Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Madri em agosto de 2011, assegurando que “é uma magnífica ocasião para crescer no amor a Cristo” e em uma “alegre vida de fé junto a milhares de jovens. Espero ver muitos de vocês lá”.
Fonte: www.vatican.va/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Precisamos amar verdadeiramente

Um servo do Senhor, apareceu um dia em sua pregação carregando uma gaiola e a colocou no púlpito, começou a falar.
"Estava andando pela rua ontem, e vi um menino levando essa gaiola com três pequenos passarinhos dentro com frio e com medo.
Eu perguntei: Menino o que você vai fazer com esses passarinhos?
Ele respondeu: leva-los para casa tirar as penas e queima-los, vou me divertir com eles.
Quanto você quer por esses passarinhos menino?
O menino respondeu: - O senhor não vai quere-los, eles não servem para nada. São feios!
O pregador os comprou, e os soltou em uma árvore!
Um dia Jesus e o Encardido estavam conversando e Jesus perguntou ao Encardido o que ele estava fazendo para as pessoas aqui na terra.
Ele respondeu: Estou me divertindo com elas, ensino a fazer bombas e a matar, a usar revolver, a odiar umas a outras, a casar e a divorciar, ensino a fazer sexo de maneira desregrada, ensino os jovens a usar drogas, a beber e fazer tudo o que não se deve e que os conduzirá a maldição futura!
Estou me divertindo muito com eles!  Depois vou mata-los e acabar com eles!
Jesus perguntou: Quanto você quer por eles?
O Encardido respondeu: você não vai querer essas pessoas, elas são traiçoeiras, mentirosas, falsas, egoístas e avarentas! Elas não vão te amar de verdade, vão bater e cuspir no teu rosto, vão te desprezar e nem vão levar em consideração o que você fizer!
Quanto você quer por elas? - disse Jesus.

Quero toda a tua lágrima e todo o teu sangue!
Trato feito! E Jesus pagou o preço da nossa liberdade!"

Como nós podemos nos esquecer de Jesus! Acreditamos em tudo o que nos ensina, mas sempre questionamos as coisas que vem de Deus! Todos querem um dia estar com Deus, mas não querem conhece-lo! E ama-lo! Muitos dizem: Eu acredito em Deus, (o Encardido também!), mas não fazem nada por Ele!
Precisamos amar a Deus, verdadeiramente. Precisamos Testemunhar o amor dele por cada um de nós. Precisamos ter conciência de que ele é digno de nós, pois deu o seu filho, nosso irmão, Jesus Cristo, em troca de nossos pecados.
O Amor precisa ser verdadeiro, pois não podemos nos impressinar pelas palavras, precisamos ver também o agir, a ação. O agir precisa comprovar o falar.
"O homem vê a face, mas Deus vê o coração" 1 Sam 16, 7b

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Efeito Chiclete - O passo a passo para a destruição de um Jovem

O mundo não muda suas táticas. Aliás, o mundo é marqueteiro, mas o produto final é sempre o mesmo. Pobre e ingênuo o cristão que acha que dá para ser de Deus e dá para ser do mundo.  “Quando uma pessoa vem com aquela frase ‘que isso, nada a ver, é normal!’ “, pode tomar cuidado. O mundo já a agarrou.
O discernimento do Espírito Santo nos orienta a perceber o “passo-a-passo” do mundo para destruir a vida de um jovem. Eis uma das formas mais clássicas de afundar um jovem no mundo: o efeito chiclete.
Estes são os 5 passos do efeito chiclete que o mundo fará com você, veja:

Passo 1: O mundo vai te desembrulhar. Quanto mais pelada você ficar, melhor. Tire a roupa para tudo. Ponha todo o seu guarda roupas de mini-saias, pule no carro de desconhecidos e vá para a balada. Deixe que todos os rapazes vejam suas pernas e partes íntimas. Todo chiclete, antes de ser chupado, é despido.

Passo 2: O mundo vai “te” morder. Quanto mais você beijar em uma noite só melhor. Fique com todos os homens e mulheres que você conhecer. Use, abuse. Deixem que morda seu lábio, sua orelha, seu corpo.

Passo 3: O mundo vai “te” chupar. O mundo vai te mastigar, chupar, tirar o melhor de você até se tornar uma mulher ou um homem desgostoso, ruim, azedo. Ninguém mais vai querer você.

Passo 4: O mundo vai “te” cuspir. Todo chiclete, por melhor que seja, um dia será cuspido. E é assim que o mundo faz com você. Seus “ex” só quiseram te levar para o motel. Eles só queriam transar contigo e depois jogar fora. Você era tão gatinha e hoje, azedume jogada na rua. Nem se vestir você sabe direito. Fala palavrão, é vulgar, se entrega facilmente. Não olhe no espelho porque você virou goma ruim de mascar.

Passo 5: O mundo “te” fará grudar no primeiro pé que você achar. E é por isso que as relações não dão mais certo. Estamos tão usados e abusados que, por carência, grudamos no primeiro sapato que aparece, seja de homem, seja de mulher.

Cuidado com o mundo. Cuidado com suas amizades e com o tipo de salão que você freqüenta. Não tem nada a ver, é? Olha para seu lado. Veja quantos amigos seus já se tornaram bubaloo. Acorda, gatinha. Desperta, garotão. Seja mais esperto.
Aqui fica um alerta aos papais e mamães que praticamente jogam seus filhos em baladas, festas raves e outros “coliseos” do mundo.

Silvinho Zabisky
Fundador da comunidade BEATITUDES